quarta-feira, 30 de abril de 2008

As prediletas

Foto: Site Revista Veja
Como vocês já devem ter percebido, eu gosto muito de novelas. E escolher as melhores é para mim uma tarefa difícil. Então, resolvi fazer posts comentando as minhas novelas prediletas. Para começar, escolhi O Cravo e a Rosa.

A novela escrita por Walcyr Carrasco e Mário Teixeira, dirigida por Wálter Avancini, foi um dos grandes sucessos da Rede Globo no horário das seis. A trama conseguiu elevar a audiência do horário e ganhou até reprise no Vale a Pena Ver de Novo, no ano de 2003. A história foi inspirada no clássico de Shakespeare A Megera Domada.

A trama, que se passa nos anos 20, e seus personagens com características muito humanas completaram o cenário perfeito reproduzido na Central Globo de Produções. O bonde elétrico utilizado nas cenas funcionava de verdade, adaptado a um carrinho elétrico, e tinha capacidade para mais de 15 passageiros, os figurinos e acessórios das moças eram belíssimos, e os dos rapazes também.

A novela conquistou milhares de telespectadores e envolvia a todos pela simplicidade e pureza dos personagens. Um exemplo é a doce Dona Mimosa (Suely Franco) ao lado do seu amado Calixto (Pedro Paulo Rangel). A história de amor e ódio vivida por Petruchio (Eduardo Moscovis) e Catarina (Adriana Esteves) encantou milhares de brasileiros.

Catarina é uma mulher de personalidade forte e muito feminista. Bota vários pretendentes para correr, mas acaba se rendendo aos encantos do matuto Petruchio. O fazendeiro turrão, que no início da história só estava interessado na fortuna da “fera”, também se apaixona pela bela. O casal foi um dos mais belos que a história da televisão brasileira já teve, na minha opinião. Uma história de amor apaixonante.

O título do post ficou muito parecido com os nomes das novelas do SBT e bem próximo ao da nova novela do horário nobre da Rede Globo - A Favorita -, tudo devidamente calculado, é claro. Mas isso é assunto para um próximo post. Até lá!

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Entre trilhas

Por Mônica Plaza e Tatiane Alves


Hoje, vamos falar de trilha sonora de novelas. Para muitos, um assunto inútil. Para muitos outros, a visão de que essa é uma grande oportunidade de divulgar e expandir a outros horizontes o trabalho de grandes artistas. Muitos cantores se tornaram consagrados no meio musical por terem suas músicas como tema de novelas.

Trilhas nacionais

A trilha sonora com músicas nacionais geralmente é lançada na primeira fase de uma novela. Alguns grandes artistas da Música Popular Brasileira já são figurinhas garantidas. Quem nunca ouviu uma música de Djavan, Daniela Mercury, Caetano Veloso, Vanessa da Mata ou Ana Carolina?

Em Paraíso Tropical, ouvir Caetano Veloso cantando “Não enche” era sinônimo de que Bebel (Camila Pitanga) estava chegando no horário nobre para aprontar mais uma de suas confusões. Ano passado, a música que foi lançada, em 1998, estourou como o tema da garota de programa da novela de Gilberto Braga.

Outra música marcante para a história da teledramaturgia brasileira foi um dos temas de abertura de Malhação. “Te levar”, do grupo Charlie Brown Jr., foi a música-tema do seriado entre os anos 2000 e 2007. Os acordes da canção ecoavam pelas casas de milhões de brasileiros. Era o sinal que a novelinha estava começando. Essa música fez parte da adolescência de muitos brasileiros e está entre os temas mais marcantes da televisão no nosso país.

Trilhas internacionais

Depois de lançar a trilha nacional, mais ou menos no meio da trama, a trilha internacional chega ao mercado. Artistas como Rod Stewart, Shakira, Robbie Williams, Diana Krall, estão sempre presentes entre as composições escolhidas.

Na novela Mulheres Apaixonadas, “Imbranato”, do cantor Tiziano Ferro, acompanhava as cenas entre o Padre Pedro (Nicola Siri) e Estela (Lavínia Vlasak). No final da trama, depois de muito lutar para conquistar o padre, Pedro largou a batina e se entregou ao amor da socialite. A trilha sonora dessa novela foi um dos últimos grandes sucessos de vendas da Rede Globo e vendeu mais de um milhão de cópias.

A música-tema sensação do momento é "Same Mistake" do cantor James Blunt. Maria Paula, personagem de Marjorie Estiano, em Duas Caras, tem suas cenas cotidianas embaladas por essa, que é mais uma que exemplifica as milhares de canções que se tornaram sucesso depois de serem lançadas em uma novela. É impossível ouvir a música no rádio ou no carro ao lado e não se lembrar dos dramas vividos por Maria Paula.

Seja das 6, das 7 ou das 8, o que importa é a emoção que elas causam nos telespectadores. Internacional ou nacional, o fato é que sem as trilhas sonoras para embalar os personagens nas novelas, tudo seria muito sem graça. A música faz parte da vida de todo mundo, e é claro que não podia faltar nas tramas da televisão. Sem dúvida, elas dão um toque pra lá de especial nas cenas.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

As novelas e a moda

Foto: www.verdestrigos.org


No post desta semana, vamos falar sobre um assunto que interessa homens e mulheres antenados com a moda. Tudo bem. O assunto desperta mais atenção entre as mulheres, mas existem homens que também são adeptos à moda. Sendo assim, vamos começar.

As novelas são perfeitas para lançar moda no Brasil. Se uma personagem usa uma blusa hoje ou aparece com um corte de cabelo novo, no dia seguinte, inúmeros brasileiros correm para as lojas e salões pedindo uma roupa ou um cabelo igual ao da novela. Quando você anda nas ruas é como se você estivesse na cidade cenográfica daquela produção, a vida real se torna uma continuação da ficção. É como se um não pudesse se distinguir do outro.

Quem nunca foi a uma feira e não ouviu os feirantes anunciarem aos berros o maiô da Bebel (Paraíso Tropical), a saia da Safira (Belíssima)? Ou foi ao salão e o cabeleireiro perguntou se você não gostaria de fazer o corte da Maria Paula, ou ainda, pintar as unhas como as de Giovanna Antonelli, a Clarice de Sete Pecados?

Quem não usou as saias e as blusas de mangas bufantes da Babalu, personagem de Letícia Spiller em Quatro por Quatro? Eu tinha vários modelos. Adorava a combinação dos shortinhos e blusinhas. Outra febre foram os acessórios utilizados pela Jade (Giovanna Antonelli) em O Clone. As pulseiras, os anéis e a maquiagem se tornaram indispensáveis para grande parte das mulheres brasileiras. Eu amava aquela “pulseira-anel”! Era impossível passar na frente de uma loja de artigos de R$ 1,99, muito famosos na época, e não encontrar centenas dessas pulseiras. Por falar em pulseiras e anéis, quem não se lembra do visual da viúva Porcina (Regina Duarte) em Roque Santeiro?

Seja contemporâneo ou de época, novela, mini-série ou seriado, os figurinos dos atores seduzem o telespectador e em poucas semanas se tornam febre no país inteiro. Pena que eu não encontrei nenhuma foto minha usando a blusa da Babalu, seria ótima para ilustrar a matéria!

Te aguardo no próximo capítulo. Até lá!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Intensas emoções

Foto: Google - Revista Veja




As novelas são grandes sucessos porque mexem diretamente com o lado emocional dos telespectadores. Acompanhar a saga de uma mocinha, com suas alegrias e frustrações, é uma forma de fugir da realidade da vida de cada um e mergulhar em um mundo de ficção.

O grande desafio de uma mocinha é fazer com que o público se envolva com a sua história e comece a fazer parte dela como se fosse a sua própria história. O drama de uma vida deve ser contado de maneira a envolver todos que estão reunidos na frente da televisão. Foi o que aconteceu na novela de Manoel Carlos Laços de Família (2001). Essa mocinha era Camila – interpretada por Carolina Dieckmann.

Sem sombra de dúvidas, um dos momentos mais emocionantes da história da teledramaturgia brasileira, na minha opinião, foi a cena onde Camila raspa a cabeça. Naquele momento, a emoção da atriz se misturava com a da personagem, era impossível distinguir uma da outra e separar a ficção da realidade. O telespectador sofreu e chorou com Camila ou com Carolina.

A música de fundo da cena, até hoje, nos conduz imediatamente a uma associação com os cabelos da atriz caindo no chão. É praticamente impossível ouvir "Love by" grace cantada por Lara Fabian e não se lembrar da luta travada entre Camila e o câncer.

Esse encantador meio de comunicação tem o poder de envolver quem está ao seu redor, e é sobre isso que vamos falar em vários posts. Não perca os próximos capítulos dessa aventura!