sexta-feira, 16 de maio de 2008

Minha vida é uma novela

Foto: Getty Images

Depois de horas e horas pensando que não teria tempo de fazer uma pesquisa para atualizar o blog nesta semana, percebi que não precisaria fazer consulta alguma. Eu já tenho uma trama bem complexa em mãos, ou melhor, em mente. Sim caros leitores, minha vida é uma novela. Acreditem se quiserem.

Há muito tempo eu não passava por uma semana tão complicada. Para ser mais fiel, toda a trama começou na semana passada. Na sexta-feira, fui a Renner pagar a minha fatura mensal. Não consegui. Mas como muitas pessoas também não conseguiram utilizar os terminais, acreditei que não se tratava de má sorte. No dia seguinte, sábado, fiquei meio grilada por não ter conseguido pagar a fatura. Resolvi ir ao banco e tirar o saldo da conta. Para minha surpresa, NADA de salário. Fiquei louca da vida. Eu tinha que pagar a mensalidade da faculdade na segunda-feira. Mas decidi relaxar e ligar para o pessoal do RH na segunda bem cedo.

Na segunda-feira, acordei atrasada e perdida. Um sono daqueles. No intervalo da aula, liguei para a minha chefe substituta – porque a titular está de licença maternidade, agora fico sozinha a tarde inteira, mas esse é só mais um detalhe- para que ela tentasse descobrir o que aconteceu com o meu salário. Detalhe que eu nunca preciso completar o dinheiro da faculdade, mas como desgraça pouca é bobagem... Minutos depois, ela me liga dizendo que não vou conseguir receber a tempo, mas que a empresa vai pagar a multa. Era o mínimo que eles podiam fazer. Fiquei mais tranqüila.
Na terça-feira, estava mais confiante, ia receber o meu salário. Cheguei radiante ao trabalho. Nada como pensar que vai receber o tão sonhado soldo. Mas, como já falei antes, esta não é a minha semana. Recebi o cheque com o pagamento. Oba! Um colega do trabalho se ofereceu para me levar ao banco para trocar o cheque. Pensei: Que bacana! Vamos nessa! Quando cheguei ao banco, apenas umas seis pessoas estavam na minha frente. Fiquei mais feliz ainda, não iria demorar muito. Na verdade, demorou sim. Depois de uns 20 minutos na fila, chegou a minha vez. Ufa! Entreguei o cheque e a identidade ao caixa do banco. Ao digitar o código do bendito cheque, a sentença: “Saldo insuficiente na conta”, disse o caixa. Mas como moço, não é possível!, resmunguei. Desapontada, voltei para o carro, cansada e sem dinheiro. Além de esquecerem de mim, me passam um cheque da conta errada.
Isso está parecendo vida de mocinha nas novelas. Nada dá certo.
Na quarta-feira, pensei que esse sim seria um dia diferente. Doce ilusão. Recebi o cheque, mas não tive tempo de ir ao banco tentar trocar. Estavam agendadas três reuniões para esse dia. E o pior, uma sempre começava antes da outra terminar. Na primeira, de cara, o anfitrião chegou com mais de 1 hora de atraso. Se já ia ter poucas informações para fazer a matéria, depois do atraso, provavelmente, eu não teria quase nada. Saí correndo bem antes do final, com um monte de idéias soltas na cabeça. Como vou fazer uma matéria com isso? Meu Deus! Na segunda reunião, atraso outra vez. Ninguém é pontual nesse país! Ainda bem que a essa altura o terceiro compromisso já havia sido cancelado. Eu não iria participar, mas quem estava me acompanhando sim, ou seja, ia deixar oassunto pela metade outra vez. Minutos depois, a reunião começa. E nada de assunto para rechear a matéria. Teria que voltar de táxi e publicar a notícia. Já passava das 18h30 e nada do encontro findar. Decidir ir embora, até porque só trabalho até as 19h. Tive que voltar para o estágio e baixar as fotos para colocar na matéria. Não consegui. Faltava mandar aviso de pauta para Brasília toda. Oh céus! Precisava correr, ou a Mônica me largava a própria sorte. Resultado: tive que fazer a matéria em casa, não teve jeito. Uma só, porque a outra o sono não permitiu. Perdi horas de sono, mas me livrei de uma tarefa. Antes do tão sonhado sonho, lembrei que deveria pagar o inglês no dia seguinte. Fui procurar o carnê. E quem disse que consegui encontrar? Me dei por vencida e fui dormir.
Você já deve estar cansado, mas já vai acabar.
Ontem, quinta-feira, no intervalo do almoço, fiz a outra matéria. E nada de cochilo. E nada de encontrar o boleto. Concluídas as tarefas, pensei que fosse relaxar. Mais uma ilusão. Outra reunião estava marcada e eu tinha que correr. Liguei na escola de inglês e pedi uma segunda via do boleto. Até agora não sei onde foi parar esse bendito carnê. Fiquei horas esperando uma pessoa que pudesse me levar no local do compromisso. Não consegui. O banco fechou. Pelo menos consegui pagar na casa lotérica. Menos uma preocupação. Mas, até agora, nada de salário. Quando essa novela vai acabar? Isso porque eu deveria ter recebido no dia CINCO.
Como se já não bastasse tudo isso, hoje, sexta-feira, fiquei trancada do lado de fora no estágio. Passei mais de uma hora esperando alguém chegar para me salvar. Meu Deus! O que acontece?!?! Essa semana precisa acabar! Tenho até medo do amanhã.
Ai, ai. Espero passar a má fase e conseguir trocar o bendito cheque na segunda-feira. Desejo que realmente seja como nas novelas, com um final feliz. Muito dinheiro no bolso... Ops! Essa é a canção do Natal.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Separa que é briga


Foto: Getty Images

Em uma novela que se preza não pode faltar uma boa briga. Assistindo o furdunço entre Sílvia e Maria Paula na novela Duas Caras esses dias, me lembrei dos grandes barracos que já aconteceram nas tramas brasileiras. E pensei, isso dá um bom post.

Um grande barraco feminino que não me sai da cabeça é aquele entre a Maria Eduarda (Gabriela Duarte) e a malvada Laura (Viviane Pasmanter) em Por Amor, novela de Manoel Carlos. Minha memória é horrível, e isso é um fato, mas eu me recordo perfeitamente dessa cena. Ou não. Na verdade, espero que sim. Então, na minha versão, Maria Eduarda fica furiosa à beira da piscina e possessa joga Laura, que está na cadeira de rodas, lá dentro. Nossa! Que cena emocionante.

Já a surra que Maria Paula deu na Sílvia ficou a desejar, isso é fato. Ela não batia com vontade. Tapas mais convincentes foram aqueles que a Maria Clara Diniz (Malu Mader) deu na outra Laura (Cláudia Abreu) na novela Celebridade de Gilberto Braga. No banheiro de uma casa de shows, Maria Clara esbofeteia a sua “ex-fã rival” com gosto. Bofetes forçados também, mas bem mais convincentes do que os de Duas Caras. Claro que aqueles tapinhas não iriam fazer aquele estrago todo, mas é sempre bom uma pitada de exagero. Esse sim foi um bom barraco. A cena foi aguardada com muita ansiedade por milhões de brasileiros, e rendeu a Rede Globo uma média de 57 pontos no ibope e picos de 63. Pontos que só foram superados no último capítulo.

É certo que essas cenas de brigas entre vilãs e mocinhas nas novelas não são bem feitas. Mas de todos os rebuliços já citados até agora, o acerto de contas entre Maria do Carmo (Susana Vieira) e Nazaré (Renata Sorrah) em Senhora do Destino, novela de Aguinaldo Silva, é o que mais se aproxima de uma briga de verdade. No galpão abandonado, Maria do Carmo cobre a seqüestradora da sua filha de tapas e chutes. Pelo menos nesse banzé aparece um sinal típico de uma confusão como essa, o sangue, e dessa vez numa situação menos forçada. Porque, geralmente, após as brigas as vilãs apanham muito e sequer se machucam. Depois do acerto de contas, Nazaré fica com o rosto lavado de sangue, e Maria do Carmo lava a honra dos telespectadores da saga da retirante nordestina. Assista o vídeo.



E como não só de socos, tapas, puxões de cabelo e pontapés vivem uma novela, no próximo post falaremos de um assunto mais leve, mas não menos interessante. Te encontro lá!