quinta-feira, 3 de julho de 2008

Embarque nesse Carrossel...


Foto: Google Imagens
Depois que fui questionada sobre o meu último post sobre as novelas que foram exibidas pelo SBT, lembrei-me de um clássico da minha infância: Carrossel. Como eu pude esquecer? Eu amava a novelinha!

Confesso que não me lembro muito bem das aventuras dos amigos na escolinha, mas do Cirilo, da Maria Joaquina e da professora Helena eu me lembro muito bem. Não perdia um capítulo, disso eu me recordo. Uma vez viajei de férias e na hora da novela estava lá, de plantão, na frente da televisão para me divertir com mais travessuras. Cantarolava até não poder mais a música da abertura. Para relembrar o sucesso clique aqui.

Enquanto fazia a pesquisa para escrever o meu texto, encontrei um blog com fotos atualizadas de alguns personagens da trama. Laura, Maria Joaquina, professora Helena e a Valéria aparecem em comparações com cenas da novela e fotografias mais recentes. Acesse o blog. Achei também um vídeo com parte do elenco reunido 15 anos depois da exibição da novela no México. Veja!

A novela foi um sucesso no Brasil. A professora Helena, Gabriela Riveiro, chegou a descer a rampa do Congresso Nacional acompanhada do então presidente da República Fernando Collor. O SBT reprisou a novela por quatro vezes e produziu uma nova versão em 2002 entitulada Viva às Crianças – Carrossel 2. O sucesso alcançado não atingiu nem de longe o da primeira versão, mas vale lembrar.

E para encerrar o post, não podia deixar de citar a minha preferência pelo doce e ingênuo Cirilo. De longe o meu predileto, até por ser um personagem negro. As histórias que envolviam o personagem de Pedro Javier Viveros eram repletas de estereótipos. O negro que se apaixona pela menina branca e rica, a família negra pobre, a criança negra que deseja comprar brinquedos caros, e por aí vai. Como era apenas uma criança na época, não compreendia a gravidade do problema.

Apesar da última consideração, amava a novela e não poderia deixar de citá-la como uma das poucas telenovelas que assisti por completo no SBT. Ah! E por falar em Maria Joaquina, também não perdia um capítulo de Amigas e Rivais. Mas falarei mais sobre isso nos próximos capítulos. Até lá!

Voltei!!!



Foto: Brandon Cole
Olá!

Estive sumida por uns dias, que não foram poucos, mas já voltei.
Preguiça e falta de tempo, mais preguiça é verdade, foram responsáveis por esse sumiço.

E para marcar a minha volta, segue um post novinho.
Comentem!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Global?


Dando uma olhada nos meus posts eu percebi que só comentei novelas globais. E isso se justifica já que eu só assisto as novelas da Rede Globo. E não é porque eu penso que só a Globo sabe fazer novelas. Não é isso. Mas é impraticável, pelo menos para mim, assistir as novelas de mutantes da Record ou as cansativas produções mexicanas importadas pelo SBT. Não tenho paciência.

Já tentei várias vezes assistir Caminhos do Coração – Mutantes, não consegui. E confesso que já gostei de produções da Record como A Escrava Isaura e Prova de Amor. Fui telespectadora assídua das tramas. Só que já comecei a fraquejar com Prova de Amor. A novela simplesmente não acabava. E não acabava.

No SBT, só vi Chiquititas quando eu era bem pequena. Depois disso, não conseguir ver nada mais na emissora do começo ao fim. As tramas mexicanas, não muito diferentes das brasileiras, salvo exceções, são muito repetitivas.

Sinto que as novelas estão ficando mais recorrentes com o passar do tempo. E temo que isso piore com o passar dos anos. O que será uma pena. Ainda confio que ocorrerá uma mudança e aparecerá um autor desconhecido para revolucionar a história da teledramaturgia no século XXI. Um sonho, eu sei. Mas eu espero... e espero... e espero mesmo.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Flashes


O sucesso de uma novela se deve, em grande parte, ao elenco escolhido para representar os personagens da trama. Com o passar dos capítulos, muitos atores acabam ganhando destaque com a sua atuação. E um papel que seria bem pequeno cresce e começa a chamar mais atenção, em muitos casos, do que os protagonistas da história.

A Rakelli de Beleza Pura, novela exibida às 19h pela Rede Globo, é um exemplo desses casos. No início, ela parecia apenas uma menina burra e antipática. Agora, a esbaforida manicure do Belezoca conquistou os telespectadores da novela. A moça sonha em ser dançarina do Caldeirão do Huck e apronta muitas peripécias por onde quer que ela passe.

Isis Valverde, que deu vida a Ana do Véu em Sinhá Moça, é a responsável por tamanho sucesso. A interpretação da jovem atriz está perfeita. Não que a personagem deixou de ser chata ou muito aluada, mas a leveza com que a atriz tem conduzido o seu personagem disfarça e dá um tom muito engraçado para quem acompanha a saga de Rakelli.

A composição da personagem é bastante exagerada. A menina que usa roupas descoladas e esmaltes chamativos tem um choro horrivelmente desafinado, faz comentários absurdos, é extremamente exagerada em todos os aspectos, mas ao mesmo tempo muito carismática. Complicado assim mesmo. Ou você gosta da moça ou a odeia. Tudo ao extremo. Bem a cara dela.

Confira, no link abaixo, um vídeo com uma das aventuras da futura coleguinha de palco do Huck.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Início, meio e fim

Foto: Getty Images


Toda trama tem seus momentos marcantes. E um bom telespectador de novelas não perde os primeiros capítulos, o meio da trama (onde começam a ser resolvidos alguns conflitos) e o último capítulo (é óbvio). Mas tudo isso poderia ser trocado por uma espiada no capítulo de estréia, assistir com atenção pelo menos um capítulo por mês, não perder a última semana, e isso inclui o último capítulo. Assim, você não perde muita coisa ao longo dos seis ou oito meses de exibição de uma telenovela.

Com o passar dos anos, as histórias se tornam cada vez mais repetitivas e sem graça. Não despertam mais aquela curiosidade no público. Grande prova disso é a constante queda de audiência das produções da teledramaturgia brasileira. Hoje, 2, foi ao ar o primeiro capítulo da nova novela das oito, A Favorita, a novata teve uma média de 35 pontos de Ibope em São Paulo. O primeiro capítulo da antecessora Duas Caras marcou 40 pontos e foi considerado um fiasco.

Esse fato está se consolidando com as novelas das oito, que começam nove. Os telespectadores estão sendo cativados aos poucos. O capítulo de estréia de Paraíso Tropical, um grande sucesso da televisão, só marcou 41 pontos. Sem falar que primeiro capítulo de novela é um saco. Muita gente, histórias chatas, passados nada interessantes. Com o desenrolar da história, é que as coisas vão se ajustando. Sinceramente, quem não viu o primeiro capítulo de A Favorita não perdeu muita coisa. Foi uma estréia nada empolgante. Espero que isso mude com o tempo. O que é bem possível, já que o elenco reúne grandes artistas como Cláudia Raia, Patrícia Pillar, Milton Gonçalves, Taís Araújo, Glória Menezes, Tarcísio Meira, e muitos outros.

Amo novelas, mas os primeiros capítulos e o último, geralmente, são dispensáveis, cansativos e chatos. Sempre assisto, e sempre me arrependo. É uma cruz que eu carrego. Agora, só resta esperar para ver se a nova das oito vai cair no gosto do brasileiro. Esse vai ser assunto para um próximo post. Antes disso, vamos falar de outra coisa que eu não sei ainda, mas em breve você saberá. Até lá!

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Minha vida é uma novela

Foto: Getty Images

Depois de horas e horas pensando que não teria tempo de fazer uma pesquisa para atualizar o blog nesta semana, percebi que não precisaria fazer consulta alguma. Eu já tenho uma trama bem complexa em mãos, ou melhor, em mente. Sim caros leitores, minha vida é uma novela. Acreditem se quiserem.

Há muito tempo eu não passava por uma semana tão complicada. Para ser mais fiel, toda a trama começou na semana passada. Na sexta-feira, fui a Renner pagar a minha fatura mensal. Não consegui. Mas como muitas pessoas também não conseguiram utilizar os terminais, acreditei que não se tratava de má sorte. No dia seguinte, sábado, fiquei meio grilada por não ter conseguido pagar a fatura. Resolvi ir ao banco e tirar o saldo da conta. Para minha surpresa, NADA de salário. Fiquei louca da vida. Eu tinha que pagar a mensalidade da faculdade na segunda-feira. Mas decidi relaxar e ligar para o pessoal do RH na segunda bem cedo.

Na segunda-feira, acordei atrasada e perdida. Um sono daqueles. No intervalo da aula, liguei para a minha chefe substituta – porque a titular está de licença maternidade, agora fico sozinha a tarde inteira, mas esse é só mais um detalhe- para que ela tentasse descobrir o que aconteceu com o meu salário. Detalhe que eu nunca preciso completar o dinheiro da faculdade, mas como desgraça pouca é bobagem... Minutos depois, ela me liga dizendo que não vou conseguir receber a tempo, mas que a empresa vai pagar a multa. Era o mínimo que eles podiam fazer. Fiquei mais tranqüila.
Na terça-feira, estava mais confiante, ia receber o meu salário. Cheguei radiante ao trabalho. Nada como pensar que vai receber o tão sonhado soldo. Mas, como já falei antes, esta não é a minha semana. Recebi o cheque com o pagamento. Oba! Um colega do trabalho se ofereceu para me levar ao banco para trocar o cheque. Pensei: Que bacana! Vamos nessa! Quando cheguei ao banco, apenas umas seis pessoas estavam na minha frente. Fiquei mais feliz ainda, não iria demorar muito. Na verdade, demorou sim. Depois de uns 20 minutos na fila, chegou a minha vez. Ufa! Entreguei o cheque e a identidade ao caixa do banco. Ao digitar o código do bendito cheque, a sentença: “Saldo insuficiente na conta”, disse o caixa. Mas como moço, não é possível!, resmunguei. Desapontada, voltei para o carro, cansada e sem dinheiro. Além de esquecerem de mim, me passam um cheque da conta errada.
Isso está parecendo vida de mocinha nas novelas. Nada dá certo.
Na quarta-feira, pensei que esse sim seria um dia diferente. Doce ilusão. Recebi o cheque, mas não tive tempo de ir ao banco tentar trocar. Estavam agendadas três reuniões para esse dia. E o pior, uma sempre começava antes da outra terminar. Na primeira, de cara, o anfitrião chegou com mais de 1 hora de atraso. Se já ia ter poucas informações para fazer a matéria, depois do atraso, provavelmente, eu não teria quase nada. Saí correndo bem antes do final, com um monte de idéias soltas na cabeça. Como vou fazer uma matéria com isso? Meu Deus! Na segunda reunião, atraso outra vez. Ninguém é pontual nesse país! Ainda bem que a essa altura o terceiro compromisso já havia sido cancelado. Eu não iria participar, mas quem estava me acompanhando sim, ou seja, ia deixar oassunto pela metade outra vez. Minutos depois, a reunião começa. E nada de assunto para rechear a matéria. Teria que voltar de táxi e publicar a notícia. Já passava das 18h30 e nada do encontro findar. Decidir ir embora, até porque só trabalho até as 19h. Tive que voltar para o estágio e baixar as fotos para colocar na matéria. Não consegui. Faltava mandar aviso de pauta para Brasília toda. Oh céus! Precisava correr, ou a Mônica me largava a própria sorte. Resultado: tive que fazer a matéria em casa, não teve jeito. Uma só, porque a outra o sono não permitiu. Perdi horas de sono, mas me livrei de uma tarefa. Antes do tão sonhado sonho, lembrei que deveria pagar o inglês no dia seguinte. Fui procurar o carnê. E quem disse que consegui encontrar? Me dei por vencida e fui dormir.
Você já deve estar cansado, mas já vai acabar.
Ontem, quinta-feira, no intervalo do almoço, fiz a outra matéria. E nada de cochilo. E nada de encontrar o boleto. Concluídas as tarefas, pensei que fosse relaxar. Mais uma ilusão. Outra reunião estava marcada e eu tinha que correr. Liguei na escola de inglês e pedi uma segunda via do boleto. Até agora não sei onde foi parar esse bendito carnê. Fiquei horas esperando uma pessoa que pudesse me levar no local do compromisso. Não consegui. O banco fechou. Pelo menos consegui pagar na casa lotérica. Menos uma preocupação. Mas, até agora, nada de salário. Quando essa novela vai acabar? Isso porque eu deveria ter recebido no dia CINCO.
Como se já não bastasse tudo isso, hoje, sexta-feira, fiquei trancada do lado de fora no estágio. Passei mais de uma hora esperando alguém chegar para me salvar. Meu Deus! O que acontece?!?! Essa semana precisa acabar! Tenho até medo do amanhã.
Ai, ai. Espero passar a má fase e conseguir trocar o bendito cheque na segunda-feira. Desejo que realmente seja como nas novelas, com um final feliz. Muito dinheiro no bolso... Ops! Essa é a canção do Natal.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Separa que é briga


Foto: Getty Images

Em uma novela que se preza não pode faltar uma boa briga. Assistindo o furdunço entre Sílvia e Maria Paula na novela Duas Caras esses dias, me lembrei dos grandes barracos que já aconteceram nas tramas brasileiras. E pensei, isso dá um bom post.

Um grande barraco feminino que não me sai da cabeça é aquele entre a Maria Eduarda (Gabriela Duarte) e a malvada Laura (Viviane Pasmanter) em Por Amor, novela de Manoel Carlos. Minha memória é horrível, e isso é um fato, mas eu me recordo perfeitamente dessa cena. Ou não. Na verdade, espero que sim. Então, na minha versão, Maria Eduarda fica furiosa à beira da piscina e possessa joga Laura, que está na cadeira de rodas, lá dentro. Nossa! Que cena emocionante.

Já a surra que Maria Paula deu na Sílvia ficou a desejar, isso é fato. Ela não batia com vontade. Tapas mais convincentes foram aqueles que a Maria Clara Diniz (Malu Mader) deu na outra Laura (Cláudia Abreu) na novela Celebridade de Gilberto Braga. No banheiro de uma casa de shows, Maria Clara esbofeteia a sua “ex-fã rival” com gosto. Bofetes forçados também, mas bem mais convincentes do que os de Duas Caras. Claro que aqueles tapinhas não iriam fazer aquele estrago todo, mas é sempre bom uma pitada de exagero. Esse sim foi um bom barraco. A cena foi aguardada com muita ansiedade por milhões de brasileiros, e rendeu a Rede Globo uma média de 57 pontos no ibope e picos de 63. Pontos que só foram superados no último capítulo.

É certo que essas cenas de brigas entre vilãs e mocinhas nas novelas não são bem feitas. Mas de todos os rebuliços já citados até agora, o acerto de contas entre Maria do Carmo (Susana Vieira) e Nazaré (Renata Sorrah) em Senhora do Destino, novela de Aguinaldo Silva, é o que mais se aproxima de uma briga de verdade. No galpão abandonado, Maria do Carmo cobre a seqüestradora da sua filha de tapas e chutes. Pelo menos nesse banzé aparece um sinal típico de uma confusão como essa, o sangue, e dessa vez numa situação menos forçada. Porque, geralmente, após as brigas as vilãs apanham muito e sequer se machucam. Depois do acerto de contas, Nazaré fica com o rosto lavado de sangue, e Maria do Carmo lava a honra dos telespectadores da saga da retirante nordestina. Assista o vídeo.



E como não só de socos, tapas, puxões de cabelo e pontapés vivem uma novela, no próximo post falaremos de um assunto mais leve, mas não menos interessante. Te encontro lá!